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Lobo-guará é registrado pela primeira vez em seringal de Sena Madureira, no Acre

Um registro inédito despertou a atenção da comunidade científica e ambiental no Acre. Um lobo-guará (Chrysocyon brachyurus) foi avistado e fotografado por um morador no Seringal Baturité, em Sena Madureira, a cerca de 140 km de Rio Branco, na última terça-feira (23).

O avistamento surpreendeu por se tratar de uma região de floresta, diferente do habitat mais comum da espécie, que costuma ocupar áreas abertas de Cerrado. Reconhecido por suas longas pernas, pelagem alaranjada e grandes orelhas, o lobo-guará é o maior canídeo da América do Sul e costuma ser tímido, evitando o contato com seres humanos.

Espécie quase ameaçada
Apesar de simbolizar a biodiversidade sul-americana, o lobo-guará enfrenta sérias ameaças devido à ação humana. Entre os principais fatores estão:

  • Destruição do habitat natural;
  • Caça predatória;
  • Atropelamentos em rodovias;
  • Doenças transmitidas por animais domésticos.

Por conta disso, a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) classifica a espécie como “quase ameaçada” de extinção em sua Lista Vermelha.

Conservação é essencial
Segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o Brasil abriga quase 90% da população mundial do lobo-guará. O avistamento em Sena Madureira reforça a importância da preservação e da implementação de políticas públicas que assegurem a manutenção dos habitats naturais e a coexistência pacífica da fauna com as comunidades locais.

A aparição do lobo-guará no interior do Acre é motivo de alerta, mas também de esperança, mostrando que a biodiversidade ainda resiste e pode se recuperar se receber a devida atenção.